

Polícia Rodoviária Federal aponta que as falhas ou defeitos mecânicos estão entre as principais causas de acidentes de trânsito no país.
Manutenção automotiva: investimento em segurança no trânsito
Por Marcelo Martini
Fator crucial para garantir a segurança no trânsito, a manutenção automotiva
ainda hoje é negligenciada por muitos motoristas. De acordo com a
Polícia Rodoviária Federal (PRF), as falhas ou defeitos mecânicos estão
entre as principais causas de acidentes de trânsito no país.
Para
diminuir essas estatísticas, a manutenção preventiva é fundamental, já
que falhas ou defeitos mecânicos podem ser evitados com revisões
periódicas, sejam elas programadas por quilometragem ou por tempo de uso
do
veículo.
Além
de evitar um maior desgaste das peças do veículo e gerar quebras,
momento em que a manutenção passa a ser corretiva, a revisão regular
evita riscos de acidentes. Um bom exemplo disso é o sistema de freios:
caso as
pastilhas estejam muito gastas, o tempo de frenagem passa a ser maior, o
que pode resultar em colisões que poderiam ser evitadas mantendo a
revisão em dia.
Diferença entre as manutenções preventiva e corretiva e o impacto de cada uma delas
As
manutenções preventivas e corretivas também diferem entre si. Enquanto
as revisões preventivas são planejadas e realizadas de forma periódica
com o objetivo de evitar falhas e danos em peças e componentes do carro;
a
manutenção corretiva é aquela que acontece quando há a necessidade de
reparos ou substituição de peças que possam estar desgastadas, quebradas
ou com falhas, mas demanda, no entanto, uma parada do carro, deixando-o
algumas horas ou dias na oficina.
Além disso, se não for realizada, pode piorar a situação do veículo,
danificando outras peças e dificultando o conserto. Por isso, se o
proprietário do veículo quer economizar, é sempre melhor realizar uma
revisão preventiva e identificar e
corrigir os defeitos do carro logo que aparecem.
Em uma boa revisão
preventiva, são checados itens importantes que compõem o funcionamento
padrão do carro, como o nível e o filtro do óleo lubrificante,
faróis,
pneus, filtros de ar, freios, embreagem, bateria, ar-condicionado,
limpadores de para-brisa e demais itens básicos. Assim, outro fator
relevante é a contribuição da manutenção preventiva para ampliar a vida
útil do automóvel e assegurar a sua boa
performance.
Isso porque um motor
desregulado e a utilização de lubrificantes inadequados podem gerar
maior consumo de combustível, enquanto pneus desalinhados e
desbalanceados desenvolvem maior desgaste, além de
prejudicar a frenagem em caso de necessidade. Já checar se é necessário
trocar o filtro de ar condicionado, por exemplo, é de extrema
importância para eliminar sujeiras e microrganismos causadores de
doenças respiratórias que podem comprometer a
saúde do motorista e dos passageiros do carro.
Outros exemplos de como a
má conservação do veículo pode prejudicar a segurança no trânsito são
amortecedores com problema, que podem causar o descontrole do automóvel,
além de aumentar a distância
necessária para que o carro pare após uma frenagem; e ainda luzes de
freio ou seta queimadas que podem gerar uma colisão ao frear ou realizar
uma conversão sem a sinalização adequada.
A troca do óleo, por sua
vez, deve ser checada e realizada de acordo com a necessidade: um
lubrificante vencido ou fora do prazo de troca pode causar aquecimento
e, consequentemente, falhas no motor, além de
ruídos quando o veículo é ligado, assim o motor pode vir a vibrar em
marcha lenta e enfraquecer a aceleração do veículo.
Desta
forma, o ideal é que a manutenção preventiva seja realizada
periodicamente. No caso das trocas de óleo de motor e de transmissão, o
manual do veículo é sempre a melhor referência para saber o período
indicado para a
realização da manutenção preventiva. Já para os outros componentes, as
revisões são indicadas a cada seis meses.
A prevenção é a melhor
forma de evitar acidentes. Basta, para isso, checar o estado de
conservação do veículo e dirigir com cautela, respeito e atenção.

