

O impacto da agricultura de precisão na produtividade e sustentabilidade
Por Lucas Zanetti, gerente de Marketing de Produto Massey Ferguson



A agricultura de precisão tem se consolidado como uma das principais soluções para garantir uma produção sustentável e eficiente, capaz de suprir a crescente demanda global por alimentos. No Brasil, essa realidade está cada vez mais presente no campo, impulsionada pela adoção de tecnologias digitais que otimizam processos e aumentam a produtividade.
De acordo com um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 84% dos agricultores brasileiros utilizam pelo menos uma ferramenta tecnológica no manejo de suas culturas. Esse avanço permitiu um crescimento significativo na produção de grãos, que aumentou mais de 300% nas últimas duas décadas, enquanto a área plantada cresceu cerca de 60%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A agricultura de precisão busca maximizar a produtividade utilizando menos recursos, como água, fertilizantes e defensivos agrícolas, além de reduzir o impacto ambiental. Máquinas agrícolas modernas são equipadas com sistemas inteligentes que coletam e analisam dados em tempo real, auxiliando o produtor a tomar decisões mais assertivas e eficientes. O uso de piloto automático permite um manejo mais preciso, direcionando compactação, sobreposições e falhas. Sensores e sistemas de telemetria monitoram o desempenho das máquinas, enviando dados para centrais de controle que ajudam a identificar necessidades de manutenção e atualização de operações e frotas.
Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) tem desempenhado um papel importante na evolução da agricultura de precisão, proporcionando maior eficiência operacional, redução de custos e sustentabilidade. A integração entre sensores, algoritmos e sistemas independentes permite que os tratores modernos operem de forma mais inteligente. A comunicação inteligente por exemplo entre driver, específico e motor garante ajustes sonoros que otimizam o consumo de combustível e prolongam a vida útil dos equipamentos.
Na etapa de consumo, sistemas inteligentes inteligentes e sensores para identificar a presença de plantas convencionais, indiretas ou doenças, permitindo a aplicação direcionada de produtos apenas nas áreas afetadas. Alguns modelos de pulverização possuem estação meteorológica integrada ao controlador, coletando e analisando dados climáticos em tempo real, o que possibilita a aplicação de defensivos em condições ideais. Essa integração reduz desperdícios e custos para o produtor e minimiza o impacto ambiental, promovendo uma agricultura mais sustentável.
No plantio, a IA garante o paralelismo ideal entre as linhas de plantio, evitando sobreposições ou falhas na distribuição das sementes. O sistema de gerenciamento de frota monitora o desempenho da máquina em tempo real, enviando os dados para uma central de acompanhamento. Esse monitoramento permite a identificação de necessidades de manutenção, evitando paradas inesperadas. No controle de insumos, o sistema de fertilizantes opera com tecnologias que realizam um gerenciamento preciso do adubo, reduzindo significativamente o desperdício de fertilizantes.
As colheitadeiras também se beneficiam das tecnologias, utilizando piloto automático para otimizar a colheita e reduzir perdas de grãos. Os sensores ajustam automaticamente a altura da plataforma, garantindo um corte uniforme e sem falhas. O monitoramento de produtividade coleta dados em tempo real, possibilitando uma tomada de decisão imediata e gerando informações para o planejamento da próxima safra. A integração entre análise de solo e mapeamento de produtividade ajuda os agricultores a identificar áreas que exigem mais fertilização ou correção, otimizando recursos e maximizando o potencial produtivo.
Diante da crescente automação e da evolução das tecnologias embarcadas nas máquinas agrícolas, a capacitação para utilizar essas tecnologias tornou-se fundamental. A modernização do campo exige profissionais sofisticados, capazes de interpretar e operar equipamentos sofisticados que aumentem a precisão das operações, otimizem o uso de recursos e impulsionem a produtividade. Nesse cenário, o setor tem atraído cada vez mais jovens talentos, que se destacam pela familiaridade com novas tecnologias e pela rápida adaptação às inovações do mercado.
A conectividade também é um fator relevante na agricultura digital. Embora nem todas as operações exijam conexão contínua, a transmissão de dados em tempo real é essencial para monitoramento remoto e manutenção preditiva. Em regiões mais distantes, soluções como fibra ótica, redes de rádio e internet via satélite têm acesso ampliado à conectividade no campo. A Internet das Coisas (IoT) tem possibilitado a integração de máquinas, sensores e sistemas de gestão, criando um ecossistema inteligente que facilita a tomada de decisões. Colheitadeiras equipadas com sensores de produtividade, por exemplo, geram mapas detalhados de trabalho, diminuindo áreas que afetam correção de solo ou adubação específica, otimizando recursos e aumentando a produtividade.
Para ampliar o acesso à conectividade no campo, a Massey Ferguson faz parte da associação ConectarAGRO, que visa expandir o acesso à internet nas áreas remotas do Brasil, viabilizando a Internet das Coisas (IoT) na agricultura. Desde que foi criada, já levou conectividade 4G de 700 MHz para diversas áreas rurais do país, sendo que mais da metade das propriedades têm até 100 hectares.
Com o avanço contínuo das tecnologias digitais e a expansão da conectividade rural, o campo estará cada vez mais preparado para enfrentar os desafios do futuro, garantindo uma produção agrícola sustentável e resiliente. A tendência é que a automação e a IA se tornem cada vez mais presentes em todas as etapas da produção agrícola, com a conectividade em tempo real sendo essencial para garantir a eficiência e a segurança dessas operações.
Inovação para enfrentar as mudanças climáticas
As mudanças climáticas e seus impactos na agricultura também trazem novos desafios aos produtores rurais, que precisam adaptar seus sistemas de cultivo em um cenário cada vez mais imprevisível. Para responder a essa necessidade, a indústria de máquinas agrícolas tem investido em tecnologias avançadas que melhoram a eficiência e a produtividade no campo e garantem a resistência dos equipamentos em condições extremas.
Entre os principais avanços, destaca-se o esforço para garantir a simplicidade operacional das máquinas, o que facilita a regulação, o diagnóstico e a manutenção, especialmente em momentos críticos, como intempéries climáticas. A facilidade de manutenção é fundamental, visto que permite uma rápida retomada das operações, minimizando os impactos causados por eventos climáticos extremos, como chuvas intensas ou secas prolongadas.
Além disso, as máquinas vêm sendo projetadas para resistir a ambientes cada vez mais desafiadores. A incorporação de sistemas eletrônicos protegidos, com cabos e conectores cegos, garante maior durabilidade dos equipamentos, mesmo em condições extremas. A tecnologia embarcada também oferece um diagnóstico mais eficiente, permitindo a detecção precoce de falhas elétricas, mecânicas ou hidráulicas. Com o uso de telemetria, é possível verificar e resolver problemas antes mesmo de iniciar as operações, evitando danos maiores e aumentando a vida útil dos equipamentos.
Outro aspecto importante é o suporte técnico oferecido aos produtores, que, além das orientações em campo sobre as melhores práticas de manutenção, tem à disposição materiais informativos que auxiliam no uso adequado das máquinas. Esse acompanhamento contribui para a prevenção de riscos e melhoria da durabilidade dos equipamentos, garantindo que o produtor consiga obter o melhor desempenho de suas máquinas, independentemente das condições climáticas.
Essas inovações refletem uma adaptação necessária para enfrentar os desafios impostos pelo clima, garantindo uma produção agrícola mais eficiente e sustentável. Com máquinas mais robustas e tecnologia de ponta, a agricultura se torna mais preparada para lidar com os imprevistos climáticos, permitindo que o agricultor mantenha sua produtividade e sustentabilidade no longo prazo.
Sobre a Massey Ferguson
A Massey Ferguson, marca pertencente ao grupo AGCO, acumulou mais de 175 anos de experiência global na produção para a indústria agrícola. É a maior exportadora de máquinas agrícolas da América Latina e referência no mercado brasileiro há seis décadas. Os tratores, colheitadeiras, plantadeiras, implementos, pulverizadores, enfardadoras e produtos e serviços de agricultura de precisão Massey Ferguson são comercializados para mais de 80 países, principalmente África do Sul, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai. As fábricas na América do Sul ficam localizadas no Brasil – em Canoas/RS (tratores), Santa Rosa/RS (colheitadeiras), Ibirubá/RS (plantadeiras e implementos), Mogi das Cruzes/SP (tratores, motores, pulverizadores e laboratório de controle de emissões) e também na Argentina, General Rodriguez/BUE (tratores, colheitadeiras e motores). Possui uma extensa e estabelecida rede de fornecedores no Brasil, com mais de 200 lojas. Mais: www.masseyferguson.com.br
Sobre a AGCO
A AGCO (NYSE: AGCO) é líder global em design, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas e tecnologia agrícola de precisão. A AGCO entrega valor aos agricultores e clientes OEM por meio de seu portfólio diferenciado de marcas, incluindo como líderes Fendt®, Massey Ferguson®, PTx e Valtra®. Uma linha completa de equipamentos, soluções de agricultura inteligente e serviços da AGCO possibilita aos agricultores alimentares o mundo de forma sustentável. Fundada em 1990 e sediada em Duluth, na Geórgia, EUA, a AGCO registrou vendas líquidas de aproximadamente US$ 11,7 bilhões em 2024. Para mais informações, visite o site www.agcocorp.com .


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