

Manifestação pacífica reuniu empresas em protesto contra o número de roubos de módulos, painéis e vans em São Paulo
Organizada pelo Transfretur e pela Assofresp, manifestação reuniu
cerca de 90 veículos, com o objetivo de chamar atenção para o problema
de segurança pública que tem preocupado o setor de fretamento



Os casos de furtos de módulos e painéis dos veículos de fretamento, assim como de vans, têm se intensificado em todo o país. Com o objetivo de chamar a atenção para este problema de segurança pública e seus impactos, o Transfretur (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento e para Turismo do Estado de São Paulo) e a Assofresp (Associação das Micros, Pequenas e Médias Empresas de Fretamento e Turismo do Estado de São Paulo) realizaram na manhã desta quinta-feira (08), uma manifestação pacífica em São Paulo. A concentração de cerca de 90 veículos aconteceu na região do Pacaembu. Em seguida, as vans seguiram em direção à Secretaria de Segurança Pública e os ônibus foram para o Palácio do Governo.
Jorge Miguel, presidente executivo do Transfretur, explica que as tentativas de diálogo visando a resolução dessa questão que envolve segurança pública foram muitas, mas até o momento nenhuma proposta foi apresentada. "Por isso realizamos essa manifestação, buscando ampliar o diálogo com o poder público para buscar uma solução efetiva. O problema está cada vez maior, com prejuízos que vão muito além do financeiro, impactando na rotina de centenas de trabalhadores todos os dias e, consequentemente, na mobilidade como um todo", esclarece.
Entenda o problema: o setor de transporte como um todo, incluindo as empresas de fretamento, tem enfrentado furtos e roubos recorrentes de equipamentos originais, que vão desde módulos eletrônicos e painéis de instrumentos até cronotacógrafos. Em média, estes furtos geram prejuízos de R$ 10 mil a R$ 30 mil, por unidade - o que tem incentivado, também, o aumento do comércio ilegal dos mesmos. "Em cerca de 300 boletins de ocorrência aos quais tivemos acesso, registrados nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, os prejuízos ultrapassam R$ 10 milhões entre veículos, equipamentos e manutenção dos veículos envolvidos", completa o presidente executivo do Transfretur.
Importante destacar esses módulos são de difícil reposição e o veículo não consegue operar sem eles, uma vez que são componentes essenciais para o seu funcionamento. Portanto, ao serem furtados, causam muitos danos, tais como: veículos inoperantes, alto custo de manutenção para que o ônibus possa voltar a circular, cancelamento de viagens e, consequentemente, mais carros de passeio nas ruas para suprir o deslocamento que seria feito pelo veículo - e quanto mais carros circulando, maior o trânsito e os impactos para a mobilidade urbana.
Ao falar sobre o tempo que os veículos precisam ficar parados no pátio da empresa, vale destacar que a completa recuperação dos sistemas pode levar dias ou até semanas, visto que as montadoras não possuem estoque para reposição dos equipamentos subtraídos, já que não se trata de itens de consumo periódico, o que agrava ainda mais o cenário. "A situação está insustentável. Portanto, é urgente que os órgãos competentes intensifiquem o combate a esse problema", finaliza Jorge Miguel.


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