

Estudo defende substituir vale-transporte por tarifa zero universal
Fundo criado com contribuição de empresa bancaria as passagens

Pesquisadores da UnB, UFMG e USP divulgaram um estudo que aponta ser possível implementar tarifa zero no transporte público em todas as 706 cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes, por meio de um novo modelo de financiamento baseado em contribuições empresariais.
A proposta substitui o atual sistema de vale-transporte por um fundo nacional custeado por empresas públicas e privadas com 10 ou mais funcionários, isentando 81,5% dos estabelecimentos do país. Segundo o professor Thiago Trindade (UnB), a cobrança seria escalonada:
"Um estabelecimento com 10 funcionários irá pagar a contribuição no valor de um. Com 20 funcionários, pagará o valor referente a 11 e assim por diante."
O valor estimado da contribuição seria de R$ 255 por mês por funcionário, gerando aproximadamente R$ 80 bilhões por ano, o suficiente para garantir a tarifa zero nas grandes e médias cidades.
Atualmente, o país já soma 137 cidades com transporte gratuito. Os pesquisadores calcularam que o custo anual do sistema de transporte público é de cerca de R$ 65 bilhões, e que a expansão da gratuidade para todas as 706 cidades chegaria a R$ 78 bilhões, beneficiando 124 milhões de pessoas. O estudo destaca que isso não exigiria recursos da União, nem criação de novos impostos.
A proposta reformula o vale-transporte, hoje descontado em 6% do salário do trabalhador: a empresa deixaria de pagar para o colaborador e passaria a contribuir diretamente para o fundo nacional. Para viabilizar o modelo, os autores sugerem um projeto piloto em regiões metropolitanas já em 2026.
Além do impacto econômico direto — mais dinheiro circulando e maior arrecadação tributária — o estudo aponta efeitos sociais importantes: a migração do transporte individual para o coletivo reduz acidentes e gastos públicos. Um levantamento do Ipea mostra que motos já representam quase 40% das mortes no trânsito e 60% das internações por acidentes, com custo superior a R$ 270 milhões ao SUS.
Segundo os pesquisadores, o país perde mais ao não implementar políticas sociais. No Distrito Federal, por exemplo, a tarifa zero poderia injetar R$ 2 bilhões por ano na economia local.
"Esse seria um dos maiores programas de distribuição de renda do mundo", afirma Trindade.
Para avançar no tema, a equipe defende a necessidade de campanhas de sensibilização, ressaltando que a mobilização social já trouxe o assunto ao centro do debate nacional.
( Fonte Agência Brasil )


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