

CEO da Scania prevê que Brasil pode liderar mercado de veículos
elétricos no transporte rodoviário; entenda o que isso significa para a
logística
A alta dependência do modal rodoviário cria um cenário único para a eletrificação das frotas no país.

O Brasil movimenta quase 70% de suas cargas por rodovias. Essa concentração acontece porque os sistemas ferroviário e marítimo ainda são pouco desenvolvidos diante das dimensões do território nacional. Como resultado, os caminhões assumem protagonismo na logística brasileira, o que aumenta os custos de transporte e a pressão por soluções mais sustentáveis.
Uma recente declaração do CEO da Scania, Christian Levin, reforça essa perspectiva. Segundo ele, "o Brasil será o maior mercado do mundo para veículos elétricos." A fala chama atenção justamente por esse contexto. Em um país onde o transporte rodoviário é vital, a transição para modelos menos poluentes pode ter impacto direto na economia e no meio ambiente.
Um mercado em expansão
A eletrificação de veículos já avançou em segmentos como os carros de passeio e os ônibus urbanos, e agora começa a chegar também ao transporte de cargas. Esse movimento é impulsionado por metas ambientais, pela busca de redução nos custos com combustível e por pressões regulatórias que tendem a se intensificar nos próximos anos.
No caso dos caminhões, o impacto pode ser ainda maior. Cada quilômetro rodado de forma mais eficiente significa menos emissões e economia direta para empresas que operam frotas de médio e grande porte. Por isso, o mercado brasileiro aparece como uma oportunidade estratégica para fabricantes e operadores logísticos que já observam essa mudança no cenário internacional.
Obstáculos no caminho
Apesar do potencial, os desafios são muitos e, como o país, igualmente continentais. A infraestrutura de recarga para veículos pesados ainda é insuficiente, sobretudo em rotas de longa distância que cruzam o território brasileiro. Sem pontos de abastecimento confiáveis e distribuídos de forma equilibrada, a operação dos caminhões elétricos em larga escala se torna inviável.
Outro obstáculo é o custo de aquisição, que continua elevado em relação aos modelos a diesel. Isso exige novas formas de financiamento e incentivos governamentais para acelerar a adoção. Além disso, a autonomia das baterias precisa evoluir para se adaptar à realidade da extensão do Brasil, o que demanda investimentos em tecnologia e infraestrutura.
Impacto para a gestão de frotas
Para gestores de frota, o momento é de preparação e adaptação gradual. Testar veículos elétricos em rotas urbanas ou operações de curta distância pode ser um passo inicial importante. A experiência ajuda a criar um histórico de dados sobre consumo, manutenção e eficiência, fundamentais para decisões futuras em larga escala.
Nesse processo, o uso de ferramentas de monitoramento se torna essencial. Plataformas como o frotacontrol permitem acompanhar indicadores de desempenho em tempo real, comparativos entre veículos elétricos e convencionais e análises detalhadas de custos operacionais. Com esses dados, as empresas podem avaliar com maior clareza os benefícios e desafios da eletrificação, um verdadeiro caminho sem volta para o setor.


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